Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Outros Cadernos de Saramago

Outros Cadernos de Saramago

30 Jul, 2010

Cidadão em pleno

Ser um cidadão em pleno, ou o melhor que se possa, tomar a seu cargo a própria responsabilidade, os seus deveres e os seus direitos… Isso dá muitíssimo trabalho.Jorge Halperín, Conversas com Saramago. Reflexões desde Lanzarote, Icaria, Barcelona, 2002
29 Jul, 2010

Juízo próprio

Sou cada vez menos proselitista. Vá cada um aonde possa pelos seus próprios meios: guias e gurus são más companhias.Jornal do Brasil, 27 Janeiro 1994
28 Jul, 2010

Actuar

Nós somos o que somos mas também somos aquilo que fazemos.

"Uma longa viagem con José Saramago" Joao Céu e Silva, Porto Editora
27 Jul, 2010

Crenças

Eu acredito e respeito as crenças de todo o mundo, mas gostaria que as crenças de todo o mundo fossem capazes de respeitar as crenças de todo o mundo.

"Magna tierra" Guatemala, 8 de Março de 2001

O cidadão que o escritor é não pode ocultar-se por trás da obra. Ela, mesmo importante, não pode servir de esconderijo para dar ao autor uma espécie de boa consciência graças à qual ele poderia dizer que está ocupado e não tem tempo para intervir na vida do país.Folha de São Paulo, Brasil, 12 de Janeiro de 1994

Enquanto estamos a falar, há milhares de milhões de pessoas que morrem de fome. Como podemos aceitar que o homem não seja um ser solidário, que já não pense na espécie e se tenha convertido num monstro de egoísmo e ambição que despreza milhares de pessoas que nada têm? Não se faz nada para resolver problemas essenciais. Para milhões de pessoas no mundo, nenhum dos problemas essenciais da vida está resolvido, enquanto nos entretemos a enviar um aparelhinho para Marte…“O homem transformou-se num monstro de egoísmo e ambição”, El Cronista, Buenos Aires, 11 de Setembro de 1998 [Entrevista de Osvaldo Quiroga]

Elegi Ricardo Reis por ser o oposto de mim. Não por afinidade, mas por contradição. Reis separou-se da vida, separou-se de Portugal, e eu procuro, na medida das minhas possibilidades, acompanhar a vida portuguesa. Por isto o elejo, para falar dele e para falar de mim. São dialécticas contrárias.“José Saramago recria a construção de um convento e de um aeróstato no Portugal do século XVIII”, El País, Madrid, 20 de Fevereiro de 1987 [Entrevista de Carlos G. Santa Cecilia]
21 Jul, 2010

Cinco por cento

A vida, que parece uma linha recta, não o é. Construímos a nossa vida apenas nuns cinco por cento, o resto fazem-no os outros, porque vivemos com os outros e, por vezes, contra os outros. Mas essa pequena percentagem, esses cinco por cento, é o resultado da sinceridade consigo mesmo.“Eu nunca quis ser nada”, La Vanguardia, Barcelona, 1 de Septembro de 1997 [Entrevista de Ima Sanchís]
20 Jul, 2010

Voltas e voltas

Damos voltas e voltas, mas, na realidade, só há duas coisas: ou escolhes a vida ou afastas-te dela.“A CE, um eufemismo”, El Independiente, Madrid, 29 de Agosto de 1987 [Reportagem de Antonio Puente]
19 Jul, 2010

O silêncio

O silêncio, por definição, é o que não se ouve. O silêncio escuta, examina, observa, pesa e analisa. O silêncio é fecundo. O silêncio é a terra negra e fértil, o húmus do ser, a melodia calada sob a luz solar. Caem sobre ele as palavras. Todas as palavras. As palavras boas e más. O trigo e o joio. Mas só o trigo dá pão.In Deste Mundo e do Outro, Ed. Caminho, 7.ª ed., p.56

Pág. 1/3