De todos los núcleos además, del de la familia, o sea, del matrimonio, del Estado y de la Iglesia, es el núcleo de los amigos el más libre, en el que entras y sales, en el que das o recibes, que no se te piden cuentas... Yo reivindico mucho la amistad.Pilar del RíoIn José e Pilar. Conversas inéditas, PP. 90-91
Não, a imortalidade não existe, homem! É um disparate pensar que uma obra literária é imortal, ou que pelo facto de teres escrito uns livros te tornaste de alguma maneira imortal.José SaramagoIn José e Pilar. Conversas inéditas, Pág. 156
Y yo, desde entonces, siempre digo que la cocina... que el olor a tomillo es el olor de la vida, y que si el mundo oliera a tomillo a lo mejor estábamos en otra situación.Pilar del RíoIn José e Pilar. Conversas inéditas, Pág. 50
O meu caminho foi sempre mais ou menos em linha reta, ou pelo menos sem perder o sentido da linha reta a que me havia obrigado por razões de ordem ética, de ordem política, de ordem ideológica.José SaramagoIn José e Pilar. Conversas inéditas, Pág. 43
Me parece absolutamente horroroso ese uso patriotero de símbolos que, al final, no significan nada. Que no son nada más que un logotipo, o sea, cada vez que miro a la gente exaltada y emocionada con logotipos me parece ridículo o patético! Esa es mi formación sentimental y en eso milito.Pilar del RíoIn José e Pilar. Conversas inéditas, Pág. 31
O mau seria estar morto e ter a consciência de estar morto, isso seria um castigo, agora se não existe, não existe, simplesmente não tem consciência de que não existe. A não existência não pode ser consciente da existência.José SaramagoIn José e Pilar. Conversas inéditas, Pág. 189
Mas não queria prender-se porque, então, seria confessar a inutilidade do que vivera. Que ganhara em fazer tão largo rodeio para, afinal, vir dar ao caminho por onde seguiam aqueles que resolutamente quisera deixar? «Queriam-me casado, fútil e tributável?», perguntara o Fernando Pessoa. «É isto o que a vida quer de toda a gente?», perguntava Abel.
Chamou-me pessimista – prosseguiu Abel – e acusou-me de ajudar, com o meu pessimismo, aqueles que querem o desamor entre os homens. Não lhe negarei razão. Mas note que a sua atitude, meramente passiva como é, não os ajuda menos, até porque, quase sempre, esses a quem se refere usam a linguagem do amor. As mesmas palavras, as suas e as deles, anunciam ou escondem objectivos diferentes.
Nem tudo o que parece, é, nem tudo o que é, o parece ser. Mas entre o ser e o parecer há sempre um ponto de entendimento, como se ser e parecer fossem dois planos inclinados que convergem e se unem. Há um declive, a possibilidade de escorregar nele, e, assim acontecendo, chega-se ao ponto em que, ao mesmo tempo, se contacta com o ser e o parecer.
Não tenha medo. Só quero dizer que aquilo que cada um de nós tiver de ser na vida, não o será pelas palavras que ouve nem pelos conselhos que recebe. Teremos de receber na própria carne a cicatriz que nos transforma em verdadeiros homens. Depois, é agir...